Ações da Positivo sobem mais de 14% na Bolsa de Valores
As ações da Positivo Informática chegaram a subir mais de 14% no pregão desta terça-feira (4), dia em que a empresa anunciou que decidiu entrar no mercado de celulares e smartphones.
Por volta das 13h45, as ações da empresa (POSI3) tinha alta de 13,9%, cotadas a R$ 6,31. A medida faz parte da estratégia da companhia de diversificar fontes de receitas para fugir das margens apertadas do segmento de computadores.
Mas o movimento dos papéis também está ligado a especulações ligadas à possibilidade de um acordo com a Lenovo. A companhia chinesa informou que vai fazer amanhã em São Paulo "o maior anúncio da história da empresa no Brasil", em entrevista coletiva que terá a presença do presidente global, Yang Yanquing. Procurada, a assessoria da Lenovo no país não deu mais informações sobre o assunto. A Positivo também não comenta o motivo da alta das ações.
Maior fabricante de computadores do país, a Positivo já foi alvo de oferta da Lenovo em 2008, mas recusou a proposta. Em entrevista ao Valor no começo do ano, Yanquing afirmou que uma negociação com a fabricante brasileira não estava descartadas. "Nunca deixamos de avaliar essa opção. Mas tem que ser uma boa oportunidade com um bom preço", disse o executivo. Na época, as ações da Positivo estavam cotadas a R$ 5,63, aproximadamente 1,6% a mais do que os R$ 5,54 do fechamento de ontem. Com o preço de fechamento de ontem, a Positivo Informática tinha um valor de mercado de R$ 477 milhões.
A compra da fabricante brasileira poderia ajudar a Lenovo a ultrapassar a HP e tornar-se a maior fabricante global de computadores em volume de máquinas vendidas. De acordo com a empresa de pesquisa Gartner, a Lenovo colocou no mercado global 12,8 milhões de máquinas no segundo trimestre, chegando a 14,7% de participação. A HP teve um volume de 13 milhões de PCs, ou 14,9% do mercado global. Já a Positivo chegou a um milhão de máquinas vendidas no período, um volume recorde em sua história. O número contabiliza as vendas no Brasil e a joint venture na Argentina, anunciada no ano passado.
(Com informações do Valor)